quarta-feira, 10 de novembro de 2010

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Agora custo a creditar nos custos de acreditar. Porque acreditei no sorriso das fotografias, acreditei nas manchetes do dia e até nos planos que eu fazia... só pra ver como tudo logo ou lento se esvazia. Vivi até aqui só pra ver como seria: horas correria, horas monotonia. Mas sem que a gente perceba, algo foi erigido que só se dá conta no silêncio das homenagens. Em algum momento viramos monumento. É bom e não é. Porque ficamos mais sólidos, perenes... viramos referência... mas os pássaros, indiferentes, fazem cocô sobre a nossa dignidade.
Assim é que são as coisas... Tudo ao mesmo tempo. Somos adultos sendo a criança que fomos, aprendemos enquanto ensinamos, somos reverenciados e alvejados, morremos enquanto vivemos... O tempo não existe. Então por que sentir saudade?... Ou saudade tem a ver com distâncias?

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