segunda-feira, 14 de junho de 2010

Bem estar

Noto que a cada despedida o banzo que me toma o peito depois é maior e mais pesado. Quando a ida é do outro, piora. Porque depois é aguentar o silêncio na casa, o espaço maior na cozinha, diante do espelho, na hora de dormir. É estranho. Ter a falsa impressão de que ele me chamou de algum canto do apartamento também é coisa normal. E por dois segundos querer responder também. O sentir falta vai além do gostar. É uma coisa quase biológica mesmo. Estranhíssimo.

Por isso organizo-me agora para ir, nessa batalha de sempre: dinheiro-tempo. Partir sempre é melhor, quando tudo acaba – em todos os sentidos. Mas, no caso, eu parto para a continuação de uma história que tem me rendido momentos doces que me fazem tão bem ou mais que ouvir uma música que adoro, ver um bom filme, degustar um prato delicioso ou dar um mergulho no mar. E o melhor disso é que posso fazer todas essas coisas com o responsável por esse bem estar. Como se fosse um bem estar elevado ao quadrado.

Agora fujo do banzo. Mas fim de domingo é de lascar. Sobretudo na saudade. E na hora de dormir. É banzo elevado ao cubo.

3 comentários:

Anne Crystie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anne Crystie disse...

O fim é de lascar.

Saudade (de ti).

Um beijo!

Anônimo disse...

Não desaparece mais! Vir aqui me faz bem. Compreendo absolutamente TUDO por jah ter passado.
'O sentir falta vai além do gostar' AMEEEEIIII *-*
;** e JAMAIS desapareça novamente.