terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

eu voltei, mas o amor não


volto, como quem busca o que não sabe
tá tudo ensolarado na cidade, e eu cinza. tudo barulhente, e em mim silêncio
não tem mais o carinho descuidado, o café feito de amor, cama desfeita pela manhã

não tem mais o olhinhos que me faziam sorrir.

que abrigos você encontrou nesse mundo tão grande?

você não suporta o peso das expectativas não é?

Onde se escondeu o corpo dessa saudade que eu sinto? será que não fomos feitos para o amor?
será que nos desiludimos tanto que quando chegar a hora não vamos nos reconhecer?

sede amarga na boca, e ninguém vai surgir nessa sala e dizer que veio pra ficar.

2 comentários:

Fernanda Fahel disse...

Expectativas sempre pesam; a gente precisa aprender a lidar ou a não esperar. Tem gente que simplesmente não sabe lidar, muito menos sabe como não esperar. Mas se não era capaz disso, de que forma seria capaz de outras coisas? Relacionamentos envolvem tantas complexidades. E expectativa é só a primeira.

Adorei o post, Will!

Um beijo ;*

Anônimo disse...

meu querido escritor, você sente com tanto coração, com tanta força que seus textos parecem ter vida, é como estar numa platéia assistindo uma peça.