Decidi reafirmar meu amor por nós. Decidi amar a mim, mas não hoje. Talvez eu busque um nós por aí, e não mais em mim. Porque, em mim, não sei mais o que sou capaz de encontrar. Confesso, a palavras baixinhas: tenho medo mesmo é de procurar. Me procurar.
Se pelo menos eu chegasse em casa hoje ou amanhã e te visse deitada no sofá. É possível que eu não fizesse nada, nem entrasse à sala. Tão provável eu ser assim, não?Mas hoje você me falou de um poema que leu por aí e eu fiquei pensando que nunca mais escrevi um poema para você nem para ninguém. E que é sempre tarde, porque eu não vivo desse tempo todo. Eu não quero mais tempo nenhum.
Vamos fazer de conta que o perfume, apenas o perfume dos nossos corpos têm vida. Queria tanto ter mais você, mais de você, aqui. Não é falta, não. É amor. Eu queria tanto saber se você comeu, se tomou banho. O que você leu de novo hoje? Você me quer agora? Eu posso tomar cinco minutos do seu tempo e te trazer para o meu mundinho velho confortável, esse mundinho almofadas que eu criei para fazer você ficar aqui mais cinco minutos?
Eu pensei que poderia te levar no colo para o colégio e te esperar na saída, um dia, de surpresa. Mas te beijar apenas o pescoço. Silêncio, sempre, e no caminho de casa. Silêncio, pra não violar essa vontade de parar dentro da tua roupa, com os dentes cheios de você.
E amanhã a gente poderia casar.
Você se comporta? Eu prometo que não.
3 comentários:
Deliciosamente um passional apaixonado?
Cara, é muito fácil se apaixonar pelo o que tu escreve.
Beijo Wii
Oi, Will!
Como é bom volver ao teu blog e encontrar um texto tão apaixonante.
Seu texto levou-me à uma citação clariceana do livro Água Viva:
"Que estou fazendo ao te escrever? estou tentando fotografar o
perfume."
Tenha uma ótima semana, rapaz.
Paz, sempre.
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