sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

(...)




(...)mas lembrar nesse momento incomoda. incomoda pelo ritmo que guardei as coisas, as palavras e as pessoas. então, talvez esse depoimento que, sem pretender ser memorável, sem compromisso com o registro, passe desapercebido na quantidade de discursos maiores que o dilui: sorve et coagula. e que não às custas de lembrança, eu recomponha essa fala do por vir. do que está a frente e que por está a frente escapa à fala. foge quando pronuncia-se uma palavra. quando é projeto e não acontece. ainda. assim, me aterei um pouco sobre o ainda. essa duração não decomposta. uma ação em suspensão - lenta na sua duração, mas vista externamente é curta. é passagem. (...) então a palavra esquecimento ajuda. é exatamente aí que ela ajuda. não acumular tanto como se fosse um principio da mais valia do viver. do velho Lema:"que passe e passe muito bem" (...) agora, agora. bem, o destino dos corpos no próximo instante, que coisa inalcansável. essa, fala, de príncipio voltado à lembrança me fez esquecer tudo o que eu ia dizer. então, em silogismo, falar é esquecer. será?"

3 comentários:

eloisa disse...

Todo homem é mortal.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.

Silogismo, coisa legal.

Faz tanto tempo que não passo por aqui, Willian. E como tudo mudou. Acho que passou um vento e te deixou mais forte e melhor.

eloisa disse...

Me solte e sou todo seu. Acho que você é um pouco Thiago ou então o Thiago é um pouco você. (Thiago = ex-namorado; meu amor).

Camila disse...

Será?
Esquecer... é dificil, passar?

Tá lindo aqui, meu Bem!
E te ler é sempre delicioso!
(wp)


BeijOs meus