Vejo o fim e o começo de algumas coisas em minha vida.
Sem querer cair em clichês, mas já me afundando neles... A vida é feita de momentos. E o que chamam de "felicidade" nada mais é do que a maneira de como você aproveita esses momentos. Saber como usufruir deles é a chave de tudo. Como é que se faz isso? Como um faminto que vai comendo tudo de uma vez, praticamente engolindo, sem nem sentir o gosto de cada alimento? Ou como aquela pessoa que degusta cada garfada, que mastiga calmamente, sem ânsia de acabar a refeição, sem pressa de tirar a mesa? Quando se trata da vida em si, a nossa vida real, essa diferença se resume a uma linha bastante tênue. Aquela coisa de se respeitar e ao mesmo tempo respeitar os outros.
A gente vai fazendo planos, traçando todo um caminho a percorrer e já imagina como será a chegada, a tão esperada chegada ao nosso destino. Parece tudo tão perfeitamente sincronizado, que ingenuamente pensamos: não tem erro. Mas tem, sim. Um monte deles. Digo "erro", mas na verdade é apenas um esquecimento de nossa parte de levar em conta o óbvio: adversidades acontecem. E, no meio do caminho, vamos ditando regras, vamos alardeando aos quatro cantos que É assim e VAI ser assim, esquecendo que o mundo vai girando independentemente de você, do seu cão doente ou do pneu furado. Quando nos damos conta de que as coisas estão passando na nossa frente e, por medo ou por orgulho, evitamos olhá-las, levamos um susto.
De repente me vejo cansado. Triste, é verdade, bem triste. Mas exausto. E dá um trabalhão deixar as malditas regras de lado. Logo eu, que sempre um quebrador de regras. Pois dessa vez, posso dizer, será como quebrar a mim mesmo. Quebrar meu muro. Aquele que por uma razão bem justa me impede de degustar os momentos sem pressa. Quebrar as regras dos outros é muito fácil. É até divertido. O difícil é quebrar aquelas que foram feitas pelos próprios sentimentos - os mais intensos, nos momentos mais felizes, com o sorriso mais aberto desse mundo.
É péssimo ter e provocar dor.
Mas já vejo, por um buraquinho nesse muro, que pode ser inevitável.
9 comentários:
É... Não temos controle de nada. A vida, o destino, o tempo são mais fortes. Mas ainda bem que dentre as surpresas, existem aquelas que nos dão um prazer enorme.
eu senti uma coisa que eu nã sei explicar..mas coisas sem explicação fzem muito sentido por aqui[no coração, alma].
deixar que tudo aconteça em silêncio pode fazer efeito.
Flores
Resquícios de poemas estão em vários textos em prosa. E é aqui encontrei.
Adoro essas reflexões. E não acho clichê. Clichê é novela e BBB. rs
Abraço.
E vamos levando susto, sem aprender como se faz pra não assustar mais.
Um beijo.
BRAVO! \o/
Ah, você é você, né Will... Disse tudo perfeitamente bem, again.
Beijos! <3
Will....
viver não é uma coisa fácil. Temos que ser sensíveis às mudanças, as diferenças. Agir sempre igual em qualquer situação é um verdadeiro tiro no pé.
Tb sinto falta sua.
apareça!!
bjs
“Quando nos damos conta de que as coisas estão passando na nossa frente e, por medo ou por orgulho, evitamos olhá-las, levamos um susto”...
As vezes passamos um bom tempo fazendo plano e sonhando demais, enquanto coisas grandes estão passando diante os nossos olhos só que não enxergamos. Que cego q somos não é?
lindinho, foi uns dos textos que mais gostei! disse tudo. beijos
UAU.
Vivo fazendo promessas, a mim mesma. E quebrando várias delas.
É fato.
Beijo, Willian.
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