O velho truque de abadonar o jogo.

Na vida a gente só leva o que realmente valeu a pena, assim eu penso.
E de você vou levar pouco, pois me custou perceber que tudo aquilo que eu sentia,
ou pensava sentir, era só uma confusão de sentimentos.
É. A gente se engana o tempo inteiro, e por isso machucamos as pessoas.
Resolvi, que apartir de agora vou dizer o que sinto, não mais me importando se vou machucar alguém, porque mesmo que demore, uma hora ou outra a gente vai machucar.
Sou do tipo que gosta e que quer por inteiro, sempre. Me disponho a todo tempo.
Mas convenhamos - ninguém merece ser uma máquina de fazer carinho, de presentear, beijar, e demonstrar interesse sem receber nem sequer o mínimo pra suprir a necessidade.
Quando gosto, faço de tudo que posso pra ver a pessoa bem, satisfeita. Não sou de mendigar sentimento.
Modestia parte eu tenho muitos amigos, e posso gritar em bom e alto som que eles me amam, assim como eu os amo.

A gente cria situações em nossa vida. Fantasias bobas de adolescente, futilidades em demasia, e eu pergunto: Pra quê?
No fim é tudo igual. Todo mundo sofre, e quase sempre é a mesma história chata. O que muda são só os personagens e grau de sofrimento, ou não.
Eu aprendi, nos meus pouquíssimos anos de 'vida amorosa' que devo sempre doar o melhor de mim, que mulher gosta de carinho, atenção, amor e a puta-que-o-pariu.
Esse joguinho de sentimentos cansa, e a mesma historinha besta acaba nos tornando frios e de certo modo nos faz desistir de lutar por alguém.
Hoje me desfaço dessas 'armas de defesa'. Entrego os pontos, tiro minhas armaduras, muros de proteção, blindagem.
E fico inerte, estático. Sendo apenas alvo desse jogo, jogador não mais, não por hoje.