segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Curioso como o carinho pode se esvair em segundos de desleixo.Descuido. Com o outro, consigo mesmo. Descuido principalmente com sentimentos importantes que podem até estar a flor da pele nas últimas horas do dia, mas que não nos impede de deixá-los de lado na hora em que somos contrariados. É que somos tolos o suficiente para deixar que pontas afiadas de orgulho espetem a fina flor do amor. Somos brutos. Todos. Pedras a serem polidas. Nos ensinaram a amar sempre desconfiando, a ter sempre um pé atrás, a proteger o coração com uma redoma, a se colocar na frente do outro, a jogar.

Não gosto de jogos, nunca gostei. Apostas, só as de faz de conta. Dados, só os de posições. Cartas, só as escritas a mão. Prefiro torcer a competir. Meu talento vem do que sinto, não de minha argumentação.

25 comentários:

Juliano disse...

Concordo plenamente com vc, acho que geralmente são essas pontas afiadas do orgulho que acabam certos relacionamentos..!

Abração e boa semana

Jaya Magalhães disse...

Você não leu aquilo no tripé. E eu deletei teu comentário.

Obrigada!

Walter Filho disse...

"Meu talento vem do que sinto, não da minha argumentação." Adorei a frase, vou anotá-la, e não se preocupe se um dia eu usá-la darei os devidos créditos.

M.M. disse...

Às vezes, passamos muito tempo construindo uma relação de carinho e confiança para, num impulso, numa atitude inconsequente, jogar tudo pelos ares...
Nossa fragilidade, o medo da rejeição, experiências mal sucedidas geram o medo, a ansiedade, as ações equivocadas.
Se fôssemos mais verdadeiros com nós mesmos e com os outros (sem máscaras) acho que teríamos relações mais completas e concretas.
Putz... acabei falando demais... desculpa!
Gostei daqui, viu?
Beijos

Camila disse...

Eu sou toda confusa. As vezes acho que o amor é um jogo perdido. Outras, um jogo que ambos ganham. E depois penso que não tem nada de jogo.
Orgulho é o que mais pode machucar o amor, para mim.

Quanto as cartas, eu gosto das escritas e de baralho, elas me ajudam a entender meu passado e quem sabe o futuro. ;)

Um beijO

Jaya Magalhães disse...

Willinhadaminhavida,

Enfim, bom que você notou que há uma diferença entre os textos.

¬¬

Então que eu li você hoje, e fiquei pensando em mim. No meu jeito de cortar. Às vezes sem querer, às vezes propositadamente. Daí depois eu penso em pétalas. E penso que o amor sendo flor, como você disse, tudo deve ser tocado sempre como pluma.

Tenho aprendido que não devem haver regras no sentir. A redoma deve aparecer apenas depois que dois viram um. Antes disso, tudo é asa. E o céu é pouco. Sem proteção, importa é voar.

Eu não gosto de jogos, até porque não sei fazê-los. E todas as minhas cartas foram escritas à mão. As outras, dentro de mim.

E é isso. Gostei da tua maneira de colocar os pontos, hoje.

Um beijo, coisamarsemjeitodaminhavida!

Rana disse...

Bem, atualmente eu ando sem fé no amor, só amar a mim mesma e ser feliz. Ando precisando de uma injeção que me faça acreditar.

Um beijo e saiba que eu sempre adoro muito os seus textos!

eloisa disse...

Prefiro torcer do que competir. Bonito.

Adorei o novo layout, tens um bonito sorriso. E não sei o porque, mas de forma estranha, me lembras o meu amor. hihi

beijo

Aíla Muniz disse...

É, é impressinante isso de se perder o carinho num instante, às vezes descontando chatiações em quem nem tem nada a v. E eu sou bruta; poucas vezes não coloco quem eu gosto (meesmo) em primeiro lugar e geralmente acabo meio frustrada com isso. Não que eu esperasse uma retribuição, mas uma consideração mínima, sei lá.

De novo, vale dizer: gosto muito do jeito que você escreve, usa bem as palavras sem presunção.
Beijo :)

Felipe Braga disse...

Rapaz, muito legal teu post. Gostei.
Eu sou viciado em jogos de cartas. rs

DBorges disse...

Sem palavras.
Disse tudo o que eu penso, acho, mas odeio ser.
Somos todos brutos inexperiente no amor.

beijos e dia lindo, meu bem!

Rana disse...

Não ia ser mesmo, é uma peça com temas mais 'conscientizadores' sabe. Eu normalmente não me interesso por essas coisas, mas no fim eu vou ser a roteirista e vou ganhar pontos extra! (risos)

Milhões de beijos.

Anônimo disse...

isso daqui é leve por demais.
sabe, gostei.
e o final .. é brilhante :*

Katrina disse...

Também não gosto de jogos.

Jaya Magalhães disse...

Lay novo, an?

Na terceira foto, parece que você tá se auto-atirando em si mesmo.

Gosteiê!

Juan Carlos disse...

Ae, maninho
xD
valeu por passar no meu blog
vou adicionar o seu na minha pag
xD
abração

Maria Midlej disse...

Adorei a maneira que você usa as palavras.

E isso é quase uma frase de efeito e esse final, é memorável. Mesmo. Muito bom. :*

H L disse...

ja passei por várias situações dessas, é como se por alguns segundos tudo o que foi construído viesse por água abaixo...como se durante aquele instante todo o verdadeiro sentimento não tivesse peso!

Muito bom o texto!
;)

bjos

Tatá R. da S. disse...

Bah! Nem sei o que dizer... Perfeito.
É tanta verdade que se eu comentasse eu só repetiria tudo que acabou de dizer.
Beijos! Quiamo!

J. MD disse...

Eu penso que mesmo com tanto descuido, basta apenas uma escolha pra que tudo mude. Podem ser até palavras em vão. Mas sempre temos o poder de fazer do nosso sentimento algo que não traga um som de banalidades. E sim, o que sentimos, vale mais do que qualquer tipo de argumentação. E isso ja é um começo pra que cada pedra que habita no lugar de cada coração comece a ser polída.
Sou teu fã. Inefável o que tu fazes com as palavras.

Brenda Maciel disse...

Nos ensinaram a amar com um pé para trás... Do teu texto, isso foi o que mais me marcou. Isso marca a nossa era. É o nosso lema! Este é o novo mal do século... Tá tão estampado na cara de cada um que admitir é até clichê! Ai, e dizem que o mal do século foi o ultraromantismo. Bobos...
É que espetar o carinho de quem amamos e com a mesma mão que ferimos acariciarmos virou cotidiano. Somos (des)humanos! :)

The-Insighters disse...

Mais filosófico,impossível!
;*

Tainá Facó disse...

Foi lindo, forte, intenso e verdadeiro. Não há nada a ser temido. O Ser Humano tem medo de dar um passo em falso, medo de tropeçar, cair, se ferir. Eu não. Eu arrisco. Mudo o verbo. E vou. Viver é isso: sentir. E "meu talento vem do que sinto, não da minha argumentação"! Isso tá demais. Gostei muito da forma que você usou as palavras!

Beijão, fica bem!

Walter Filho disse...

Ahh...Vim aqui e pá, layout novo, gostei geral!

Daniel Braga Lee disse...

"Os homens são tão necessariamente loucos que não ser louco seria uma outra forma de loucura. Necessariamente porque o dualismo existencial torna sua situação impossível, um dilema torturante. Louco porque tudo o que o homem faz em seu mundo simbólico é procurar negar e superar sua sorte grotesca. Literalmente entrega-se a um esquecimento cego através de jogos sociais, truques psicológicos, preocupações pessoais tão distantes da realidade de sua condição que são formas de loucura compartilhada, loucura disfarçada e dignificada, mas de qualquer maneira loucura."
(Ernest Becker- A Negação da Morte)