O Abraço

Foi, mais uma vez ao encontro do incerto, só que desta vez sem perspectivas nem medo.
Estava leve, como há tempos não ficava, longe de qualquer expectativa que o fizesse pensar
no que e como poderia acontecer. Conversaram, como sempre faziam, o diálogo entre eles
se fazia necessário, não um diálogo normal, era sobre sentimentos, sobre estarem juntos.
E foi bom, mais uma vez. Talvez até melhor que a primeira vez.
Mas desta vez havia algo a mais, o carinho/carícia se fizeram mais presentes, o abraço, mãos, a boca. Ele as vezes evitava o toque, ela não. Por vez se abraçavam. Estava frio. Ele deitou ao colo dela fitando-lhe o rosto. Se sentia pequeno, como uma criança indefesa que precisa da proteçãoda mãe. Vez ou outra ela o olhava e aquilo o deixava cada vez menor, cada vez mais seu.Por fim o abraço, sim! aquele abraço. Era tão intenso, tão caloroso que parecia que os corpos haviam se transformado em apenas um, do abraço o beijo, a despedida...deu as costas. Não queria olhar pra trás, e continuou andando. Desta vez o pensamento era outro. Era só uma certeza: de que tinha pela frente uma vida pra consquistá-la todos os dias.