sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um sentimento que chegou com vinte anos de atraso. É o que sinto por ti. É como padeço por nós. Não sei se tenho o tempo que quero e a vida que. Não sei se abro os olhos ou os fecho. Nunca aprendi essa parte. Perdi a noção e o cenho. Perdi a calma no vento.
Hoje não a vejo. Hoje não. Ainda vive lá no alto do morro dos(meus) sonhos absurdos.
Mudando...
Nem que queira, não posso ouvir o que digo e o que escuto. Do coração.
(me sinto inútil. Inverossímil. Inócuo. Apêndice. Apenso. Apenas. A pensar)
Fome daquele nada que nos completa. Daquele branco. Branco vazio entre nós. Papel a ser riscado. Muro a ser pichado. Carta a ser mandada.
Eu
Ao mesmo tempo
Sou e dessou
Teu

Como pode?

a pulsação da poesia refratária
a imaginação da casa que nos cerca
a velocidade dos sonhos de amanhã
ser assim e eu assado

2 comentários:

Cais da Língua disse...

que jogo de palavras!
parabens
vc sumiu
abraço

R. disse...

Grande Sócio!

Belo texto, cara. Mas é o tipo de redemoinho em que eu não me permito embarcar mais. Pior pra mim, né?

Abraço!